As tuas críticas de PM: João

Como já vos dissemos, se quiserem partilhar as vossas opiniões acerca de "Harry Potter e o Príncipe Misterioso", podem fazê-lo enviando-as a hpimagens@hotmail.com ou a danielafrrodrigues@sapo.pt, que nós teremos todo o gosto em publicá-las aqui, no HPImagens, sendo que podes aceder às já disponíveis através da barra lateral!

Assim sendo, o João, newsposter do nosso aliado PotterNews, enviou-nos a sua crítica do sexto filme, "Harry Potter e o Príncipe Misterioso", que também foi publicada no site de que faz parte.

Podes lê-la a seguir:

"Dia 16 de Julho de 2009, o tão ansiado dia por todos os fãs espalhados pelo mundo, finalmente “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” chegou aos cinemas portugueses, e eu, não querendo perder a única e fabulosa oportunidade, corri para o cinema de Setúbal na sessão das 21.40h e disse a mim mesmo: “Vamos nesta!”.

As bilheteiras estavam tão atrapalhadas com tanta gente ansioso por comprar os seus ingressos e a sala de exibição do filme estava simplesmente lotada. Não cabia lá nem mais uma ínfima pessoa.

Quando finalmente as luzes se apagaram, eu olhei ansioso para a minha mãe (que fez o belo favor de me acompanhar) e, então, o filme começou. Quando vi o símbolo da Warner Brothers no céu, os flash-backs da “Ordem da Fénix” e, por fim, o título “Harry Potter and the Half-Blood Prince”, eu sabia que seriam duas horas e meia muito bem passadas.

O filme começa com uma atmosfera vibrante, num esplêndido (embora curto) ataque dos Devoradores da Morte a Londres e à Diagon-All. Na verdade, todo o filme em si é alucinante, quase que não nos dá um segundo de descanso para fecharmos os olhos. Só na hora do intervalo é que as pessoas puderam finalmente respirar fundo.

Combinando perfeitamente atmosferas seguidas de terror, acção, comédia, romance, lágrimas, gargalhadas inesperadas e muito mais, o filme é vibrante! O fã tanto está a assistir a uma cena cómica entre Ron e Hermione ou outros quaisquer personagens, como em seguida está a visitar o passado sombrio de Lord Voldemort, acompanhando Harry e Dumbledore na sua jornada para conhecer o jovem Tom Riddle. E o melhor de tudo, é que nada disto é cansativo, mas sim surpreendentemente inesperado.

David Yates e o guionista Steve Kloves fizeram realmente uma excelente trabalho nesta sexta adaptação cinematográfica dos romances de J.K. Rowling. Os termos “magia” e “fidelidade ao livro” são, na minha opinião, recuperados, o que não acontecia provavelmente desde o “Cálice de Fogo”. Portanto, “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” será uma agradável surpresa, tanto para aqueles que leram o livro, como para os fãs que apenas acompanham a série através dos filmes.

Apenas há dois aspectos negativos, na minha opinião, a apontar: muitas pessoas se queixaram, e é verdade, que o filme não mostrou um tema central que devesse ser trabalhado de forma cuidadosa. Haviam os romances, os Horcruxes, as memórias de Tom Riddle, toda a história de Slughorn e, portanto, este desleixo quanto à trama desagradou a certas pessoas. Também as duas cenas de Quidditch foram, talvez, demasiado curtas para o que se esperava. Embora o Quidditch tivesse regressado em grande, o que foi uma coisa positiva, o jogo de Gryffindor contra Slytherin centrou-se principalmente no sucesso de Ron, tendo durando apenas cerca de 5 minutos, ou nem tanto, acho eu. Mas o treino sempre esteve melhor, numa atmosfera divertida e muito fiel ao livro.

Mas o que seria de um filme sem os actores? E verdade, todo o elenco de “Príncipe Misterioso” esteve excelente, brilhantemente perfeito, mesmo aqueles que aparecem pouco tempo no grande ecrã. Na minha opinião, o crescimento integral do trio (tanto física como psicologicamente, e tanto como actores como personagens) fez das suas actuações um mimo. Ron (Rupert) é a comédia em pessoa, Daniel é o Harry Potter integralmente e Emma continua a dar vida a Hermione, acompanhando-nos com momentos de lágrimas e sorriso, o que é surpreendente, pois Emma Watson nunca fizera comédia antes nos filmes da saga.

Os méritos vão essencialmente para os excelentes actores britânicos que os produtores David Barron e David Heyman escolheram tão cuidadosamente. Alan Rickman continua a ser o Snape em pessoa, dando grandes toques de requinte ao seu personagem, e actuando brilhantemente no momento em que mata Dumbledore. Por falar em Dumbledore, Michael Gambon realmente fez um grande avanço neste filme. A relação de Dumbledore com Harry cresce para uma amizade, e Michael conseguiu finalmente ser o verdadeiro Dumbledore, um idoso professor inteligente e gentil. A cena em que ele bebe a poção na caverna está excelente, tal e qual como no livro. E existe uma parte muito comovente vinda de Gambon, quando Dumbledore, antes de partirem para a caverna, diz ao Harry na Torre de Astronomia: “Tens que fazer a barba, jovem. (pausa) Há vezes em que me esqueço o quanto cresceste. Vezes em que ainda consigo ver o pequeno rapaz na dispensa debaixo das escadas. (pausa) Desculpa o sentimentalismo, Harry, sou apenas um velho tolo”. Nesta altura, vê-se que o Dumbledore já sabe que o seu destino é morrer, e Michael Gambon esteve à altura da cena.

Helen McCrory como Narcissa Malfoy e Helena Bonham Cárter como Bellatrix Lestrange igualmente desempenharam um grande papel, de forma brilhante. Bellatrix está mais irritante e sofisticada neste filme, conseguindo tirar toda a gente do sério de uma forma algo cómica. Há uma cena espectacular em que, depois de Dumbledore cair da Torre morto, Bellatrix empoleira-se e grita “Sim!”, conjurando a Marca Negra no céu. Acompanhada por uma banda sonora espectacular (da autoria fantástica de Nicholas Hooper), a cena estava excelente.

Também Robbie Coltrane como Hagrid, Maggie Smith como McGonagall e todo o resto esteve perfeito, principalmente Evanna Lynch, que em todos os momentos que aparece faz rir. Ela entrega-se totalmente à personagem. Como a Rowling costuma dizer: “Ela é a Luna!”.

Mas os méritos vão, é clato, para a grande novidade: Jim Broadvent. A estreia do actor na série Harry Potter não podia ter sido melhor. Slughorn foi perfeitamente interpretado, foi um personagem delicado, cómico e igualzinho ao livro, na minha opinião. Portanto, é Jim Broadbent quem merece uma salva de palmas nesta ocasião!

Terminando o meu testamento, apenas quero acrescentar que “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” é um filme digno de se ver, estando a ser o maior sucesso do Verão de 2009 e já arrecadou mais de três centenas de milhões de dólares. Portanto, não fiquem especados em frente aos vossos computadores, e vejam (ou) revejam o filme, uma e outra vez. Vamos festejar esta estreia em grande!


NOTA: 9/10."


Obrigado, João, pela tua participação!

0 comentários:

Enviar um comentário

 
HPImagens | A Magia para os Muggles © 2006-2011 | Desenhado por Trucks, em colaboração com MW3, Broadway Tickets e Distubed Tour [adaptado por Sérgio]